Saiba como o projeto T-Amar atua para ajudar a reduzir o problema
No
Brasil, cerca de 340 mil bebês nasceram antes de completar nove meses
de gestação em 2012, segundo dados do Ministério da Saúde. Isso
significa uma taxa de partos prematuros de 12,4%, dobro do índice de
alguns países europeus. A prematuridade representa risco de morte e
problemas de saúde para as crianças.
Mas,
afinal, quais são as causas para o nascimento de tantos prematuros? Uma
pesquisa inédita coordenada pelo obstetra Renato Passini, da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou que o risco de um
parto prematuro foi maior entre mães com menos de 19 anos e sem um
parceiro, que fumam e com algumas infecções durante a gestação. Entre os
motivos para a prematuridade estão gravidez de gêmeos ou mais bebês,
encurtamento do colo do útero, má formação fetal, sangramento vaginal e a
realização de menos de seis consultas durante o pré-natal.
A
ginecologista e obstetra Sandra Abramvezt, de São Paulo, afirma que a
falta de preparo das mães mais jovens ajuda a explicar a ocorrência de
parto prematuro. “Há adolescentes que já chegam ao ambulatório com
quatro ou cinco meses de gravidez, sem nenhum acompanhamento médico.
Algumas usam bebidas alcoólicas e cigarro, o que acaba trazendo também
problemas de crescimento ao bebê. O ideal é que a mulher se prepare para
a vida antes de gerar uma vida. Não recomendamos a gravidez antes dos
19 anos porque o corpo não está totalmente preparado”, avalia.
A
médica conta que o acompanhamento de adolescentes grávidas inclui muita
orientação. “A gente tenta focar o atendimento para que outra gravidez
não ocorra novamente nessa fase. A jovem precisa voltar a estudar,
amadurecer e se preparar para caminhar sozinha”, opina. Dentre as
recomendações para evitar partos prematuros estão evitar infecções
urinárias, fazer tratamento contra doenças sexualmente transmissíveis e
realizar o pré-natal completo, com pelo menos oito consultas.
Apoio às jovens mães
Além do risco de ter um parto antes da hora, a imaturidade e a indiferença da família também fazem parte da rotina das mães mais jovens. A opinião é de Danielle Carotti, coordenadora nacional do Projeto T-Amar, iniciativa da Universal que ajuda mães solteiras e mães adolescentes.
“Muitas
jovens escondem a gravidez por muito tempo e não fazem pré-natal.
Outras se sentem abandonadas pelo pai da criança, que às vezes não
assume o filho. A jovem fica perdida e acha que a vida acabou”, avalia
Danielle.
Essas
foram as sensações experimentadas por Daniele dos Santos Alves, de João
Pessoa (PB), ao descobrir que estava grávida. Na época, faltava pouco
tempo para ela completar 16 anos de idade e a gravidez não estava nos
seus planos. “Eu não sabia o que fazer da minha vida, nunca tive
orientação da minha mãe. Sempre morei com o meu pai. Eu buscava conforto
nas drogas, costumava usar maconha, cocaína e cigarro com o pai do meu
filho”, relembra.
A
falta de recursos financeiros também assombrava Daniele. “Eu não
trabalhava, não tinha como me sustentar e me sentia discriminada pelas
pessoas por ser jovem e estar grávida”, diz.
Os
rumos da história dela só começaram a mudar no quarto mês de gestação,
após um convite para participar do projeto T-Amar. “Um dia fui convidada
a participar do T-Amar e tive curiosidade de ir. Lá, recebi o carinho e
a atenção como se fosse da mãe que eu nunca tive. As voluntárias me
explicaram a importância de fazer o pré-natal direitinho. Também
participei de palestras com a assistente social, tomei ciência do risco
das drogas e aprendi sobre métodos contraceptivos”, explica.
Com
o apoio do projeto, Daniele conta que conseguiu abandonar de vez os
vícios e passou a ter mais cuidado com a saúde dela e do bebê. O
resultado foi uma gravidez saudável. “Se eu não tivesse passado pelo
T-Amar sabe-se lá se meu filho estaria vivo. Aprendi a me valorizar e a
valorizar meu filho. Agora, quero voltar a estudar e conseguir um
emprego”, destaca a jovem, que hoje tem 17 anos.
“Com
o projeto T-Amar temos levado apoio, conscientização e acima de tudo a
fé que transforma! Se antes a jovem mãe era insegura, carente e perdida,
hoje ela se descobre uma jovem decidida, forte e que sabe o que quer. O
filho inesperado já veio, agora não adianta se lamentar, culpar ou
desprezar a criança; é hora de assumir suas responsabilidades, levantar a
cabeça, seguir em frente e não cair mais no mesmo erro”, conclui a
coordenadora nacional do projeto, Danielle Carotti.
Casa
das mães é um lugar especialmente preparado para receber as internas
grávidas que, após darem à luz, ainda permanecem alguns meses com os
seus bebês – vivem hoje 16 jovens e 12 bebês.
Neste local que AMC fez doações de 3 mil fraldas infantis descartáveis e cestas com produtos infantis e oito carrinhos de bebê.
Que o Senhor Jesus abençoe a todos.
Projeto Tamar realizando Eventos abençoados para Unidades da Fundação CASA
ResponderExcluirparabéns para estas guerreiras do Senhor Jesus Cristo